Para a Burguesia tudo! Aos trabalhadores nada.
"O Salim tá muito devagar isso aí. Quero uma fodinha por semana, tá ok?
É assim que o presidente do Brasil ordena o ministro Paulo Guedes e seu secretário de desestatização Salim Mattar acelerarem o processo de desmonte do Estado brasileiro. Hoje dia 21 o Ministério da Economia anuncia a privatização de 17 empresas ainda este ano:
- EMGEA (Empresa Gestora de Ativos).
- ABGF (Empresa Brasileira de Fundos Garantidores e Garantias).
- SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados).
- DATAPREV (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social).
- Casa da Moeda.
- CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).
- CEASAMINAS (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais).
- CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos).
- TRENSURB (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre).
- CODESA (Companhia Docas do Espírito Santo).
- EBC (Empresa Brasileira de Comunicação).
- CEITEC (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada).
- TELEBRÁS.
- CORREIOS.
- ELETROBRÁS.
- LOTEX (Loteria Instantânea Exclusiva).
- CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
Não será apresentado nenhum estudo de viabilidade econômica das empresas e muito menos uma agenda de consultas e plebiscitos populares sobre o tema.
O fato é que a maioria são empresas rentáveis que estão sendo absurdamente sucateadas para "legitimar" suas vendas a preços de banana. Algumas dessas empresas são estratégicas para o desenvolvimento e para a soberania nacional e nunca deveriam ir para mão da inciativa privada.
Em discurso a empresários em São Paulo ontem, dia 20 em evento do jornal Valor Econômico, Guedes afirmou que acelerará as privatizações e complementou: "Tem uma competição mundial para fazer negócio com a gente e estamos em alta velocidade. Vamos dançar com Americanos e Chineses".
Quer dizer que o capital internacional, em grande parte estatal de outros países, serão os maiores beneficiados de mais essa mamata do governo Boslonaro.
Paulo Guedes falou também em desvincular todas as receitas de todos os entes federativos. Isso significa corrupção e concentração de renda em nível "very hard". Uma política econômica insana que retirará ainda mais dinheiro de áreas fundamentais como saúde, educação, segurança, previdência, assistência social e etcetera para encher ainda mais os cofres dos grandes empresários e de todo o setor financeiro com a destinação de bilhões a mais para a famigerada dívida pública.
No mesmo evento o ministro ainda falou sobre a reforma da previdência, a tributária (com o retorno da CPMF) e sobre um novo pacto federativo.
Trocando em miúdos: Para a burguesia tudo! Para os trabalhadores nada.
A única saída é se organizar e lutar agora. Não adianta apostar as fichas em eleições de 2022 talvez até lá nem exista mais o Brasil.



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