Professores pedem socorro! #EducaçãoJÁ



Há mais de dois anos aguardando convocação, os professores aprovados no último concurso da Educação do Estado do Acre organizam comitê e pedem apoio da população para conseguir contratação, valorização e melhorias para educação do Estado. Abandonados pela política aplicada pelo Governo Gladson Cameli que não cumpriu com a promessa de campanha de contratar todos do concurso de efetivos para acabar com a famigerada lista de provisórios, 485 professores se unem e planejam manifestações, denúncias e muita luta contra o abandono que vem sofrendo os professores contratados efetivos, provisórios e os que aguardam o chamamento do concurso assim como contra o desmonte da Educação Pública.

Escolas abandonadas, professores perseguidos, trabalhadores amordaçados esse é o retrato da Educação no Brasil de Bolsonaro e não é diferente aqui no Estado do Acre, com implementação do ensino remoto sem negociação com os trabalhadores e sindicatos, as condições de trabalho dos professores só piorou, falta de internet, falta de equipamentos, falta de treinamentos, sobrecarga de trabalho, acúmulo de atividades laborais com o serviço doméstico, aumento no valor das despesas de casa e nenhum apoio pedagógico. Além de todo esse abandono há casos de escolas sem professores estarem aprovando os alunos compulsoriamente, tudo isso é uma prova inequívoca que FALTA PROFESSORES e que o Estado está no caminho errado.

Reunidos no Sindicatos dos Bancários os professores discutiram sobre as políticas que estão em andamento contra os trabalhadores, como as reformas trabalhista, previdenciária e administrativa, levantaram apontamentos contra a PEC da morte (EC95) que congelou o orçamento público por 20 anos, contra lei de responsabilidade fiscal e contra a política de morte do governo Bolsonaro que além de negligenciar a pandemia tem destinado trilhões de reais para os bancos e para o sistema financeiro em detrimento dos serviços públicos e da população pobre, cortando os repasses e diminuindo verbas para saúde e educação.

"A luta de um trabalhador é a luta de todos, a luta na defesa da educação pública, laica, de qualidade e gratuita é uma luta de todos os trabalhadores, ampliar a rede de atendimento em educação é necessário, contratar professores, psicólogos, assistentes sociais e pessoal de apoio é obrigatório para que possamos melhorar a educação e mudar a sociedade para sair desse lamaçal de insegurança que o capitalismo afoga o povo. Só com professores comprometidos com a transformação da sociedade, sem o apadrinhamento político que os contratos terceirizados permitem, com estabilidade para construir um plano de aula que forme cidadãos críticos e com consciência de classe é que poderemos algum dia no futuro sermos livres. Por tudo isso o Sindicato dos Bancários e a Unidade Classista estão lado a lado dessa categoria, abraçando essa luta em conjunto com 485 professores que não tem nada a perder, mas um mundo a ganhar". Explica Eudo Raffael, presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, que mantem uma agenda de ações conjunta durante as próximas semanas.

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